domingo, 22 de março de 2009

PERSONAGENS DA PAZ - Rigoberta Manchú (1959-)

É uma indígena guatemalteca do grupo Quiché-Maia. Foi premiada com o Nobel da Paz em 1992, pela sua campanha pelos direitos humanos, especialmente a favor dos povos indígenas, sendo embaixadora da Boa-Vontade da UNESCO e vencedora do Prêmio Príncipe das Astúrias de Cooperação Internacional em 1998.
·Biografia / Principais lutas: Rigoberta provém de uma humilde família de índios camponeses, cresceu trabalhando em lavouras de café, e altiplanos do norte onde sua família vivia. Ainda adolescente foi envolvida em atividades de reforma sociais promovidas pela igreja católica, e destacou-se no movimento feminista. Seu trabalho de reforma despertou a oposição dos poderosos, especialmente pelo fato da sua participação em organização de guerrilhas e sua família foi acusada de integrar atividades subversivas. Seu pai, Vicente Manchú, foi preso e torturado, depois de libertado, ajudou a fundar o Comitê da União de Camponês (CUC) em 1979, organização que Rigoberta também se filiou, assim como seu pai o irmão de Manchú foi preso, torturado e morto pelo exército. No ano seguinte, novamente, seu pai foi violentamente alvejado pelas forças de segurança enquanto estava na embaixada espanhola e morreu. Pouco depois sua mãe também morreu depois de ter sido presa, torturada e humilhada ao extremo. A jovem ativista, no entanto não desistiu da luta na CUC. Figurou como organizadora proeminente de uma greve e reivindicou melhores condições para os trabalhadores de fazendas na costa do Pacífico, e no dia 1 de maio de 1981, encabeçou grandes manifestações na capital de seu país. Filiou-se à radical Frente Popular 31º de janeiro, onde sua contribuição principal consistiu em educar a população indígena de camponeses a resistir a opressão militar. Perseguida, escondeu-se pela Guatemala, e conseguiu fugir para o México, feito que marcou o começo de uma nova fase na sua vida. Lá, tornou-se organizadora da resistência contra a opressão na Guatemala e a luta pelos direitos humanos dos índios camponeses. Foi uma das fundadoras da frente de oposição comum ao governo guatemalteco e a Representação Unida da Oposição Guatemalteca, a RUOG (1982). No ano seguinte, ela contou sua história de vida à escritora venezuelana Elisabeth Burgos Debray, cujo livro resultante: “Me llamo Rigoberta Manchú y así me nació la conciencia” (1982-83). Nesta obra de autobiografia, Rigoberta explica como iniciou a vida como trabalhadora numa plantação de café aos cinco anos de idade, em condições tão péssimas que foram a causa da morte de seus irmãos e amigos. Recebeu certa educação católica, o que a vincularia, mais tarde, a trabalhos junto à igreja, este livro tornou-se um documento humano que atraiu a atenção internacional.
Durante 1986, em pelo menos três ocasiões, voltou à Guatemala para lutar pela causa dos camponeses índios, mas ameaças de morte a forçaram a voltar ao exílio. Ao passar alguns anos, se tornou extensamente conhecida como defensora da propriedade indígena e da reconciliação étnico-cultural, não só na Guatemala, mas em outros países latinos, seu trabalho tem sido reconhecido e digno de vários prêmios internacionais.
Em 12 de fevereiro de 2007 anunciou que postularia o cargo de Presidente nas Eleições gerais deste ano. Tinha a esperança de ser a primeira mulher a ocupar o cargo máximo de seu país, mas obteve apenas 2,7% dos votos, conseqüentemente não foi eleita.
·Exemplo de vida: “Muitas leis latino-americanas foram feitas para ‘castigar’ os povos indígenas”. Rigoberta Manchú.

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sábado, 21 de março de 2009

PERSONAGENS DA PAZ - Madre Teresa de Calcutá (1910-1997)

Pseudônimo de Agnes Gonxha Bojaxhiu, que foi uma missionária católica, nascida na República da Macedônia, naturalizada indiana e beatificada pela Igreja Católica.
·Biografia: Em 1937, Madre Teresa, fez de sua profissão a religião, e emitiu votos de pobreza, castidade e obediência tomando o nome de Teresa. A origem da escolha deste nome residiu no fato de ser em honra à monja francesa Teresa de Lisieux, que por sua vez é a padroeira das missionárias, que foi canonizada em 1927.
Em 1946, decidiu reformular a sua trajetória de vida. Dois anos depois, e após muita insistência, o Papa Pio XII permitiu que abandonasse as suas funções enquanto monja, para iniciar uma nova congregação de caridade, cujo objetivo era ensinar e alfabetizar crianças pobres. Desta forma, nasceu a sua ordem: As Missionárias da Caridade.
Começou a sua atividade reunindo algumas crianças, a quem começou a ensinar o alfabeto, hábitos de asseio e higiene. Suas tarefas diárias eram a de arrecadação de donativos, principalmente alimentos para as crianças famintas e a difusão de palavras de alento e confiança em Deus.
No dia 21 de dezembro de 1948, foi-lhe concedida a nacionalidade indiana, e passou a vestir um traje típico, chamado sári, nas cores — justificou ela — “branco, por significar pureza e azul, por ser a cor da Virgem Maria”.
Em 1965, o Papa Paulo VI colocou sob controle do papado a congregação das Missionárias da Caridade e deu autorização para a sua expansão a outros países. Centros de apoio a leprosos, velhos, cegos e doentes com HIV surgiram em várias cidades do mundo, bem como escolas, orfanatos e trabalhos de reabilitação com presidiários.
Em 1979, Madre Teresa recebeu o prêmio Nobel da Paz, pelos serviços prestados à humanidade. Depois de dedicar toda uma vida aos pobres, Madre Teresa de Calcutá morreu aos 87 anos, de parada cardíaca.
·Principais lutas: Considerada a missionária do século XX, concretizou o projeto de apoiar os desprotegidos durante conflitos pela independência da Índia. Através da sua congregação, Missionárias da Caridade, partiu em ministério por diversos países, prestando sua solidariedade, e o mundo inteiro acabou rendido ao seu apelo de ajudar o mais pobre dos pobres. Madre Teresa tinha grande sensibilidade quanto aos problemas alheios e impressionada com os problemas sociais da Índia, que se refletiam nas condições de vida das crianças, mulheres, velhos e doentes que viviam na rua e em absoluta miséria, reforçou ainda mais a sua missão de caridade.
·Exemplo de vida: “Não usemos bombas nem armas para conquistar o mundo. Usemos o amor e a compaixão. A paz começa com um sorriso”. Madre Teresa de Calcutá.
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DESMATAMENTO: VER, JULGAR E AGIR

Você sabia que 24,5 milhões de metros cúbicos de árvores foram derrubados na Amazônia só em 2004? E que desde de 1990 o numero de cabeças de gado aumentou 144% nessa região? E 75% do gás carbônico emitido no Brasil vêm das queimadas na Amazônia?
Você acha justo essas práticas tão criminosas?
A resposta para esta questão pode variar dependendo da sua consciência ambiental, mas conhecendo a atual consciência dos brasileiros através de reportagens, notícias e estatísticas é possível prever que a resposta será NÃO, mas isso não significa que o povo brasileiro tenha uma grande responsabilidade ambiental, pelo contrário, as pessoas que habitam as cidades, mesmo longe da Amazônia, que têm uma vida comum e aparentemente não causam mal algum a natureza contribuem ativamente para a depredação dela, começando pelo lixo propriamente dito, ou seja, somente aqueles materiais que não podem ser reciclados ou reutilizados, além da poluição causada por automóveis e indústrias que completam a insalubre soma poluição.
Devida a grande carência cultural e mau costume do povo brasileiro, que considera lixo os resíduos, que são materiais recicláveis e reutilizáveis, como garrafas, alguns papéis, latas de alumínio entre vários outros materiais que são misturados aos não recicláveis (lixo).
Vamos analisar os políticos que são os nossos representantes; reparem o pouco caso, as providências tomadas, a preocupação desses ínfimos seres humanos, que da mesma forma que da mesma que um animal irracional ou como você e eu, humanos com a capacidade de raciocínio, de distinguir o certo do errado, dependemos totalmente a natureza, dessa terra que pisamos, que dá o nosso alimento, a água que mata a sede, para a nossa sobrevivência em todos os sentidos.
Estes indivíduos são insaciáveis com fome de dinheiro e poder, para isso, usam táticas baixas e criminosas, mesmo que para isso custe a vida de nossas florestas.
Reserve cinco minutos de qualquer hora do seu dia e julgue com muito carinho, o que é importante para você, para nós e para o nosso Brasil.
Se você se sensibilizou com a real situação de nossas florestas, faça a sua parte, que por mais pequena que seja pode salvar muitas vidas!
Recicle suas idéias e seu lixo, a natureza agradece! Willian de Souza


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MONTEIRO LOBATO X PETRÓLEO

José Bento Monteiro Lobato, além de exímio escritor, fora um importante militante do petróleo brasileiro, sendo homenageado por uma cidade no interior do estado da Bahia, que recebe seu nome, justamente por ser a localidade onde foi perfurado o primeiro poço no país, donde verteu o óleo.
O interesse de Lobato quanto ao petróleo surge durante sua estada nos EUA, onde passa a acompanhar todas as inovações tecnológicas relacionadas, para depois convencer o governo brasileiro a propiciar a criação de atividades semelhantes no Brasil.
Voltou para São Paulo em 1931 e passou a defender que o “tripé” para o progresso brasileiro seria o ferro, o petróleo e estradas para escoar os mesmos.
Após implantar a Companhia Petróleos do Brasil, Monteiro Lobato fundou várias empresas para fazer perfuração de petróleo, como a Companhia Petróleo Nacional, a Companhia Petrolífera Brasileira e a Companhia de Petróleo Cruzeiro do Sul, e a maior de todas, fundada em julho de 1938, a Companhia Matogrossense de Petróleo, que apesar de todos os reveses objetivava perfurar em Porto Esperança, no Mato Grosso, região com a mesma estrutura geológica da Bolívia, que estava produzindo óleo de qualidade.
Com isso Lobato prejudicou os interesses de gente muito importante na política brasileira, e de grandes empresas estrangeiras, tendo-os como adversários, passou a enfrentá-los publicamente através dos livros que escrevia.
Teimava em dizer que era preciso explorar o petróleo nacional para dar ao povo um padrão de vida à altura de suas necessidades. Tentou, sem êxito, organizar uma companhia petrolífera mediante subscrições populares.
Certo de que transformaria seu país em uma nação produtiva, eficiente e rica, Monteiro Lobato abandona temporariamente a literatura e a atividade de editor e livreiro, para vivenciar experiências no mundo da indústria e dos negócios, dedicando seu tempo integralmente à campanha do petróleo.
Numa jogada estratégica, em 1935, lança “A luta pelo petróleo”, que denuncia a ineficiência do Serviço Geológico, órgão oficial encarregado das pesquisas, a quem acusa de encampar internamente a política dos trustes internacionais para o Brasil: “não tirar petróleo e não deixar que ninguém o tire”.
Aceitou o convite para ingressar na Academia Paulista de Letras e, com isso, apresentou um dossiê de sua campanha em prol do petróleo, “O Escândalo do Petróleo e Ferro” (1936), no qual acusava o governo de “não perfurar e não deixar que se perfure” e denunciava aquilo que ele considerava como uma interferência de multinacionais: “polvos que tudo abraçavam”, no atraso do desenvolvimento do setor petrolífero brasileiro. Convencido de que os trustes tudo fariam para sabotar o petróleo do Brasil, na página de rosto do livro, Lobato conclama os militares a assumir sua parcela de responsabilidade na questão da soberania nacional: “Se não ter petróleo é inanir-se economicamente, militarmente é suicidar-se”. Esta obra teve suas edições esgotadas em menos de um mês, mas também, aturdido, o governo de Getúlio Vargas proibiu e mandou recolher todas as tiragens. Vale reforçar que Monteiro Lobato também escrevera livros infantis abordando assuntos relacionados ao petróleo, como: “O poço do Visconde”, visando condicionar as crianças a desenvolverem senso crítico e opinião sobre essa questão.
Em março de 1938, numa carta a Getulio, Lobato ressalta que as novas diretrizes do Departamento Nacional da Produção Mineral representam um golpe de morte para o petróleo no país e exorta: “Pelo amor de Deus, e do Brasil, não preste sua mão generosa a mais cruel e mesquinha obra de vingança pessoal, disfarçada em sublime nacionalismo”, uma severa crítica à política brasileira de minérios. O teor dessa mensagem foi tido como subversivo e desrespeitoso e isso fez com que Monteiro Lobato fosse detido pelo Estado Novo, e acusado de tentar desmoralizar o Conselho Nacional do Petróleo.
Em maio de 1940 escreve duas cartas, bastante parecidas, uma irreverente ao General Góes Monteiro, ministro da Guerra e outra mais acintosa, direcionada ao presidente Vargas. Nessas cartas denuncia o Conselho Nacional do Petróleo, o Departamento Nacional de Produção Mineral, as multinacionais, a ineficiência da pesquisa nacional, a destruição das companhias nacionais de exploração, a legislação restritiva e finalmente as tentativas evasivas do monopólio do setor pelo Estado. Lobato cita fatos que considera como restrições à exploração do petróleo no Brasil e à sua auto-suficiência como nação.
Morrera em 1948, após o fim da ditadura de Vargas. A respeito da sua prisão comentou: “Estou como queria, colhendo o que plantei. A causa do petróleo ganha muito mais com a minha detenção do que com o comodismo palrador aí do escritório”. De fato, a partir desta época ganhou corpo à campanha “O petróleo é nosso”, uma curiosa aliança entre militares nacionalistas, comunistas que se opunham às multinacionais e políticos conservadores.
Lobato compartilhava de uma visão muito comum entre uma parcela nacionalista dos intelectuais latino americanos da época, e que persiste até hoje, segundo esta visão, a legislação e o Conselho Nacional do Petróleo geravam embaraços às empresas nacionais apenas para favorecer interesses de multinacionais, que ganhavam com a dependência brasileira do óleo importado.
Da parte das multinacionais percebia-se simples desinteresse em investir em um setor que no Brasil estava em estágio embrionário e que exigia, de um lado, altos investimentos em pesquisa geológica, equipamentos e técnicos especializados, com um mercado consumidor incipiente. Porém Lobato de fato acertava quando acusava a legislação de minas e do petróleo de serem desestimulantes para investidores privados internacionais ou nacionais.
Como já havia acontecido com outros assuntos como a saúde pública, os desmatamentos ou a educação, a visão intempestiva e apaixonada de Lobato, se não lhe trouxe maiores riquezas, serviu para despertar a consciência dos brasileiros a respeito das riquezas naturais do seu próprio país.

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quinta-feira, 19 de março de 2009

PRÉ-SAL X ESPIONAGEM

Em conseqüência das recentes descobertas relacionadas ao pré-sal em agosto de 2008, o Brasil foi alvo de misteriosas espionagens que agiram com bastante descrição, o que parece “não ter permitido” investigações mais detalhadas por parte da polícia federal.
Embora possa ser uma opinião precipitada, já que ainda paira um ar de indagações por parte de especialistas, pessoas que acompanham os acontecimentos relacionados ao petróleo têm pressentimentos que de essas espionagens estão relacionadas aos EUA ou qualquer outro país desenvolvido e provavelmente membro da Opep, porém as suspeitas se direcionam especialmente aos Estados Unidos, pois houve recentes remanejamentos de seus exércitos e navios que estão em direção à costa marítima brasileira, essa hipótese se intensifica ainda mais depois de suspeitas movimentações na base militar que a potência americana possui na Amazônia.
Podemos afirmar que o Brasil está correndo sérios riscos em relação às fartas jazidas do pré-sal, já sofremos tentativas de espionagem, e as previsões não são boas, tenhamos como exemplo os países do Oriente Médio, o Brasil tem tecnologia de ponta necessária para explorar esse recurso, porém faltam políticas capazes de afastar os gananciosos interesses externos e manter um monopólio estatal do petróleo, caso isso não seja feito estaremos correndo um sério risco de invasão americana, e nosso destino não será melhor do que o dos povos iraquianos, iranianos e árabes, pois não estamos preparados pra combater os americanos em termos bélicos, uma vez essa nebulosa intuição concretizada viveremos uma tragédia humana jamais vista em nosso país.
O grande potencial de crescimento nacional está ameaçado, cabe a nós impedir que o Brasil seja novamente condicionado a se tornar uma colônia de exploração, como já fora na época do descobrimento pelos portugueses, e evitar um iminente flagelo.

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segunda-feira, 16 de março de 2009

OS CONFLITOS GERADOS PELAS INTENÇÕES E DECLARAÇÕES DE HUGO CHAVEZ NA VENEZUELA

Analisando o governo Chavez há uma contradição entre o nacionalismo extremo e o longínquo socialismo. Hugo Chavez alega que suas sólidas intenções de nacionalizar todas as empresas que compreendem os setores estratégicos do país, será um passo para a constituição de um Estado forte e próximo de seu objetivo, o “socialismo”.
Porém o presidente da Venezuela está sofrendo diversas oposições das empresas lá instaladas, muitas trans-nacionais, que se divergem a essa idéia, questionam sua repentina transição (capitalismo x nacionalismo x socialismo), sua proposta de governo instável e defendem que seria improvável que Chavez sustentasse o país sem os investimentos privados; rendido, porém não contrariado Hugo Chavez propõem um acordo amistoso, discutindo com os investidores internacionais a formação de empresas “mistas”, com maioria das ações de propriedade do Estado.
Muito além dos motivos econômicos do petróleo em si, são questionáveis as atitudes radicais de Chavez ao impor aos venezuelanos um socialismo forçado, sem ao menos antes trabalhar as questões de valores e princípios dessa doutrina política, que visa promover a integração do povo, desenvolver seu senso crítico sobre os assuntos político-econômicos, dentre eles a própria questão do petróleo no país, promovendo a integração social de todos, caminhando rumo a um horizonte ainda mais abrangente o comunismo. De fato a estatização dos setores estratégicos de um país como os energéticos, que estamos trabalhando, é realmente importante, porém deve ser feito com diplomacia.

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PROCURA DE NOVAS JAZIDAS X COMBUSTÍVEIS RENOVÁVEIS (ÁLCOOL)

Atualmente o álcool vem sendo uma ótima alternativa para o Brasil já que não temos um sistema de abastecimento de petróleo auto-suficiente. Porém o incentivo para a produção de um combustível nacional surgiu durante a ditadura militar no governo Médice, após a nacionalização do petróleo no Irã por Aiatolá Khomeini em 1973.
Como já sabemos, nosso sistema de produção de petróleo era bastante deficiente, para tanto o Brasil criou no ano de 1975, o projeto pró-álcool, para não ficar refém de exportações de outros poucos países membros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), e até hoje vem mantendo o seu abastecimento com essa alternativa que se tornou bastante atrativa atualmente, principalmente após os rumores sobre uma futura e eminente falta de petróleo, e a “preocupação com o meio-ambiente”.
A exacerbada exploração dessa alternativa que a principio parece ser limpa e renovável, tem seus pontos negativos também, como por exemplo, o dano causado pela monocultura de cana-de-açúcar, no caso a meteria-prima para a produção do álcool, que causa empobrecimento da terra ou até a esterilidade da mesma, por ventura disso, será necessária uma maior quantidade de terras cultiváveis para a cana-de-açúcar, assim substituindo a produção de alimentos, que deverão ser importados de outros países, pois o Brasil, tem o objetivo de elevar ao máximo a produção de álcool, porém não está prevendo um evidente desequilíbrio que pode acontecer se não forem tomadas decisões com bom-senso.
O álcool e demais combustíveis renováveis produzidos a partir de sementes como a soja, girassol e mamona, por exemplo, têm muitos pontos positivos, primeiramente por serem renováveis, poluírem pouco menos que a gasolina e óleo diesel, derivados do petróleo, porém pesquisas recentes, estão apontando que o álcool polui tanto quanto a gasolina, outras afirmam que o álcool polui cerca de 10% mais, porém para nenhuma dessas afirmações foram encontradas pesquisas científicas comprobatórias.
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DESCOBERTA DE NOVAS JAZIDAS DE PETRÓLEO NA BACIA DE SANTOS X QUESTÕES AMBIENTAIS, POLÍTICAS E ECONÔMICAS

A busca incessante pelo petróleo, tal como vemos hoje, sem escrúpulos ou ética, pode causar impactos irreparáveis na natureza, desde a sua extração, transporte e refina.
Ao extrair o petróleo, tanto no âmbito terrestre ou submarino, deve ser feito um estudo muito detalhado da área onde estão localizadas as jazidas, para se ter a certeza de que o solo não será afetado, não haverão impactos nas características geológicas, eventuais sítios arqueológicos que poderão ser encontrados, problemas quanto aos lençóis freáticos ou demais constituições do solo, da crosta e/ou manto terrestre, caso o petróleo estiver em maiores profundidades. Como já sabemos as estruturas relacionadas a formação do revestimento terrestre e submarino levaram milhares de anos para serem constituídas e se sofrerem danificações podem levar mais milhares de anos para se regenerar ou até mesmo não se regenerarem. Ao explorar o petróleo no ecossistema aquático a preocupação quanto as questões ambientais devem ser redobradas, pois esse meio é muito mais complexo e os estudos existentes são limitados e incertos, além do investimento para a extração, que é muito maior, pois são requeridas tecnologias de ponta, com extrema precisão, já que existe uma “grande” preocupação com o meio-ambiente, bem como se trata de uma área de difícil acesso e na maioria das vezes o petróleo encontra-se em camadas muito profundas, abaixo do pré-sal. Também se deve levar em consideração um possível vazamento que pode contaminar o solo, causando danos irreversíveis no lençol freático, ou contaminação do oceano, morte de peixes, costas de corais e demais seres vivos do ecossistema aquático, causando um enorme desequilíbrio biológico das teias alimentares, que pode ser estendido até a realidade da sobrevivência do ser humano.
Quanto ao transporte do petróleo devem ser tomados, também, muitos cuidados, necessita-se de uso de sistemas e técnicas desenvolvidas exclusivamente para o transporte e contato com esse material, sem correr o risco de um vazamento, lembrando que na maioria das vezes esse processo não é respeitado, pois os equipamentos são relativamente caros, não há um incentivo do governo para que se formalize essa situação, nem quanto à exploração clandestina do petróleo.
Já na refina os cuidados devem ser os mesmos, os aparelhos e equipamentos usados precisam ser seguros e certificados. Ao término do processo de refina sobram resíduos do petróleo bruto, que nunca são depositados em locais adequados, também por falta de investimentos em infra-estrutura de um sistema de produção de petróleo nacional eficiente, o que impede o Brasil de se tornar uma potência mundial quanto recursos energéticos e combustíveis, condições naturais o nosso país tem de sobra, porém não existem leis que regulamentam toda essa conjuntura nem um expressivo apoio quanto as importantes gestões ambientais relacionadas.
Os resíduos finais do produto bruto são em sua quase totalidade descartados nos oceanos, geralmente ouvimos dizer que houve um grande vazamento num navio que transportava petróleo, isso não passa de uma grande mentira, pois seria pouco evidente que se permitisse que um navio repentinamente começasse a jorrar petróleo pelas escotilhas, isso é irrisório, na verdade há um vazamento, porém não se trata de petróleo propriamente, mas sim dos resíduos gerados pela refina do mesmo, que são golfados sem pudor nem consciência na natureza submarina e por que não na terrestre também?
Diante da situação anteriormente apresentada e devidamente explicitada, nos remetemos, novamente, a questão relacionada a uma legislação nacional das questões arroladas ao petróleo. Dessa vez não discutindo competências econômicas, mas sim ecológicas; essa legislação deveria agir com mais intensidade sobre essas “eventualidades” (vazamentos) e não fazer “vista grossa”; punindo com o rigor da leia os responsáveis pela “eventualidade”.

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PETRÓLEO NO BRASIL: NOVAS PERSPECTIVAS ATRAVÉS DAS RECENTES DESCOBERTAS

INTRODUÇÃO: conflitos internacionais, conhecimentos científicos, ética e violência.

Tratando-se de violência e conflitos internacionais na atualidade, considera-se que o petróleo é o principal causador de guerras, gerador de subversão, dentre outras diversas conseqüências negativas que estão flagelando a todo o momento aqueles que estão envoltos no contexto sombrio da guerra, um exemplo claro desse tipo de fustiga acontece todos os dias na região do Oriente Médio, que por ser uma área riquíssima em petróleo e outros recursos energéticos é alvo de invasões, pelos Estados Unidos e vem sofrendo diversas tentativas de dominação por parte de nações vizinhas, como Israel, por exemplo.
Essa situação de conflito por interesses econômicos e políticos, nos remete a uma questão muito importante e que é indispensável para o entendimento da situação em sua totalidade e o desenvolvimento de um senso crítico sobre: conflitos internacionais e ética. Diante da visão capitalista dos EUA, a relação apresentada anteriormente já foi formalizada com a criação de uma instituição que defende os interesses de todos os países (ONU), isentando a potência americana de estar diretamente explorando o petróleo naquela região. Embora a “nobre” intenção da ONU de intermediar os litígios internacionais e a sua questionável proposta de isenção nunca foram devidamente trabalhadas, já que desde a sua formação já foi pré-estabelecida para defender os interesses dos países desenvolvidos em especial dos estadunidenses.
Com a constituição da Organização das Nações Unidas em 1945, a idéia quanto a internacionalização da região compreendida pela Arábia Saudita, parte da Cisjordânia e Jerusalém, intensificou-se, porém não foi bem recebida, pois para isso implicaria numa questão religiosa defendida por três grandes religiões: a católica, judaica e muçulmana. Mas outras alternativas surgiram; já que os EUA são um país que possui raízes judaicas, seria interessante a criação de um Estado judeu naquela região, para tanto os estadunidenses ganharam o apoio dos seguidores dessa denominação, que por sua vez são grandes empresários, comerciantes e banqueiros; embasados sobre um grande poder financeiro, e pleiteando uma causa ainda mais ambiciosa, conseguiram definitivamente a criação do Estado independente de Israel na região de Jerusalém. Venhamos a convir que os interesses econômicos falam sempre mais alto, beneficiam meia dúzia, que se conforta com o choro e flagelo de uma maioria pobre, que paga o mais alto preço da globalização.

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A ARITMÉTICA DA GUERRA

Sabemos que todas as tecnologias, tais quais conhecemos hoje, como GPS, satélites, internet e até alguns mapas, foram desenvolvidos com finalidades militares e bélicas. A partir da informatização da guerra de 1945 a 1991 (Guerra Fria), esta pratica se tornou ainda mais destrutiva, já que com esses adventos modernos da cartografia tecnológica, foi possível a criação de mísseis teleguiados, programados com uma certa precisão que determina onde e quando eles vão cair e detonar; além dessas técnicas, surgiram as famosas armas nucleares e de destruição em massa.
No contexto limitado da globalização, e diante da triste realidade das guerras fica evidente que o desenvolvimento de novas tecnologias, são primariamente destinados a potencializar o poder destrutivo da guerra, podemos dizer que quanto mais tecnológico for um conflito maior será o número de mortos e feridos, trata-se de uma grandeza diretamente proporcional.
Analisando com propriedade o contexto dessa situação, nos deparamos com uma contradição: quanto maior o número de tecnologias inventadas, maior o número de pessoas vivendo em condições em condições sub-humanas, agora trata-se da lógica da miséria. Embora a todo o momento são desenvolvidas técnicas que certamente melhorariam a condição de sobrevivência de milhares de famílias famintas, vivendo abaixo da linha da pobreza, as mesmas só beneficiam uma meia dúzia que aprecia com um largo sorriso o sofrer e o penar do povo.
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AS INFLUÊNCIAS DO BIG BROTHER

Um programa de televisão como o “Big Brother” que apresenta uma proposta “moderna” e sem sombra de dúvidas muito atraente ao público, irá “comprar” o telespectador pela curiosidade de saber, conhecer e bisbilhotar a vida alheia, o que não é nada importante e construtivo, para quem aprecia esse programa e muito menos para os “fantoches” que estão se deixando prostituir em nome de uma utópica carreira artística.
A situação se torna ainda mais crítica quando aquelas imagens, carregadas de conceitos sórdidos e estereotipados, entram em nossas casas destruindo todos os valores, como o respeito, união e paz, colocando em seus lugares intrigas, mentira, desconfiança e por que, também não o espírito de competição típico do mundo capitalista?
Fazendo assim com que os valores sejam trocados, interferindo diretamente em nossa vida, social, profissional, escolar e moral.
Em razão disso é importante que tenhamos conceitos sociais e uma moral solidificada, para que as influências do Big Brother não interfiram na nossa ética pessoal, ou até mesmo que esses anti-valores do programa sejam atenuados ao ponto que não representem perigo algum tento para as crianças, jovens e adultos, principalmente. Embora seja difícil inibir ou retardar esses anti-valores, é possível sim, contando com o bom senso e compreensão de todos.
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SOCIÓLOGOS CLÁSSICOS - Karl Marx (1818-1883)

É muito lembrado pelos seus ideais anticapitalistas, se empenhou em conhecer os sistemas de produção daquela época, e acabou revoltado diante da realidade em que se encontravam os trabalhadores, sendo explorados e conseqüentemente sujeitos a péssimas condições de sobrevivência. Insurgente Marx passou a pesquisar e estudar a conjuntura da sociedade, enfocando-se nas questões relacionadas à realidade e vida do proletariado, desenvolvendo teorias capazes de instigar o senso crítico e o conhecimento de leis que defendem a classe trabalhadora, e conscientizá-la de seus direitos, sempre apontando soluções para acabar com esse desrespeito sofrido.
Marx acreditava que a partir dessa reforma no contexto trabalhista, seria possível a constituição sociedade diferente, passando por uma doutrina política socialista, que estatizaria todos os bens privados, e posteriormente o socialismo daria lugar ao comunismo, que seria grosseira mente resumido como “tudo para todos”, onde não haveria um presidente ou rei, por exemplo, no comunismo a sociedade está numa condição onde ela é capaz de decidir o que é melhor para ela mesma.
Para Marx a história é uma eterna “luta de classes”, e que vem se intensificando cada vez mais depois do regime capitalista, que trata o trabalhador com desrespeito e descaso, para se ter idéia dessa dinâmica, por exemplo, um artesão produz que cadeiras; faz cinco unidades diárias e as vende por R$ 200 cada, como esse artesão está utilizando as suas próprias ferramentas, e sua própria força de trabalho, ele vai receber integralmente pelo seu produto e depois de ter ganhado seu dinheiro ele passa o resto do dia descansando, já com o surgimento de fábricas o artesão vai perder o seu espaço no mercado, pois enquanto ele faz cinco cadeiras por dia a na fábrica são produzidas quinhentas, assim o pobre artesão vai ter que trabalhar para a indústria de cadeiras, submetendo-se a uma jornada de trabalho de no mínimo 18 horas e recebendo apenas R$ 5 por unidade de cadeira que ele produzira.
Ao tentar solucionar essa problemática, Marx começa a elaborar escritos que ajudavam a classe operária a se organizar e sair da sua condição de alienação.
Marx conceituava que uma pessoa vítima da alienação é aquele que não tem controle sobre o seu próprio trabalho em termos daquilo que é produzido, um trabalhador que atarraca parafusos numa linha de produção, está totalmente alienado e condicionado aquele sistema, pois não sabe qual é real a importância de estar apertando os parafusos, nem sente prazer no que faz.

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sábado, 14 de março de 2009

SOCIÓLOGOS CLÁSSICOS - Max Weber (1864-1920)

As idéias de Max Weber se distanciam significativamente das de Durkheim quanto à linha de estudo e pesquisa adotada tratando-se de sociedade e indivíduo. O ponto principal da obra de Weber é o conceito de ação social, que deve ser explorado a partir de uma pesquisa histórica preliminar.
Weber diz que, para compreender qualquer complexo social, a pesquisa histórica é fundamental, a linha de pensamento e reflexão deve partir da comunidade, passando por último pelo indivíduo isolado, essa é a sua escala de trabalho.
Por sua vez a pesquisa histórica deve ser baseada em fontes documentais, que devidamente interpretadas permitirão a compreensão das diferenças, divergências e ou convergências sociais.
Chegando na instância do indivíduo isolado, esse autor, considera que o mesmo faz parte dos principais elementos que participam na explicação e entendimento da realidade social, pois em sua teoria não é a comunidade que implica, com que as pessoas sejam tal quem são, mas são esses determinados sujeitos que em suas individualidades, fazem a sociedade existir e acontecer.
Uma grande consideração feita por Weber, foi sobre as ações sociais que têm seu significado subjetivamente atribuído ao grupo desses indivíduos e referente à conduta e comportamento dos mesmos.
O autor também é lembrado pelas suas teorias e estudos relacionados ao regime financeiro e econômico capitalista. Para Weber o sistema do capital, foi criado a partir do surgimento do protestantismo, já que os fiéis da doutrina religiosa protestante entraram em desacordo com a igreja católica quanto ao acúmulo de riquezas e bens materiais e resolveram se segregar das raízes catolicistas, segundo Max Weber, os protestantes acreditam que quanto mais riquezas acumularem, mais próximos estarão do ser transcendente; essa teoria hoje é muito discutida, porém muito difícil de ser contextualizada e ilustrada já que o protestantismo se dividiu em várias ramificações, sendo assim um pouco difícil estabelecer qualquer relação com as idéias da época de Weber.

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domingo, 8 de março de 2009

SOCIÓLOGOS CLÁSSICOS - Émile Durkheim (1858-1917)

Durkheim tinha seu foco de estudo e pesquisa fundamentado nos elementos: indivíduo e sociedade. Para ele, determinar preliminarmente características seja quaisquer forem sobre um indivíduo, primeiro devemos estudar o meio social e a comunidade em que o mesmo se encontra, pesquisar os fundamentos que embasam esse grupo, conhecer as atividades, hábitos e costumes daquela sociedade, para depois explorar as características do indivíduo, suas habilidades e limitações, de grosso modo, é desta forma que Durkheim entende a interação e a integração do objeto sociedade.
Émile Durkheim também estudava os chamados fatos sociais, que podem ser compreendidos por dois principais aspectos: a maneira de agir de um indivíduo que vai gerar a coerção exterior, que por sua vez pode transformar a sociedade, gerando um ciclo de renovação social e conseqüentemente o aprendizado, por qual todos nós passamos independentemente de qual tipo de comunidade fomos criados e sociabilizados.
Ao conceituar os fatos sociais Durkheim estabeleceu três características: exterioridade, coercitividade e generalidade, que podem ser ilustrados na seguinte situação: imagine que você está em algum recinto público, um ônibus, por exemplo, e de repente entra uma pessoa, e esta mesma é bastante peculiar, ela está vestindo uma roupa de mergulhador, amarela com bolinhas vermelhas, pés de pato e para finalizar um sombreiro mexicano. Qual seria a sua primeira reação diante disso? Certamente, você vai olhar o individuo com um aspecto de reprovação, gerando uma coercitividade no mesmo, pois não se trata de uma generalidade, pois esse indivíduo usando roupas engraçadas representa uma minoria que possui essa característica diferente, que tende não ser bem vinda pela sociedade e as pessoas ditas “normais” ou “iguais”.
Durkheim estudou e conceituou profundamente os principais tipos e causas de suicídio, que respectivamente são:
Suicídio egoísta: O egoísmo é um estado onde os laços entre o indivíduo a sociedade são fracos. Uma vez que o mesmo está fracamente ligado à comunidade, terminar sua vida terá pouco impacto no resto da sociedade. Em outras palavras, existem poucos laços sociais para impedir que o indivíduo se mate. Esta foi à causa vista por Durkheim entre divorciados.
Suicídio altruísta: O altruísmo e o oposto do egoísmo, onde um indivíduo está extremamente ligado à sociedade, de forma que não tem vida própria. Pessoas que cometem suicídio altruísta morrem porque acreditam que sua morte pode trazer uma espécie de benefício para a sociedade. Em outras palavras, quando um indivíduo está tão fortemente ligado à sociedade, ele cometerá suicídio independentemente de sua própria hesitação, se as normas da sociedade o levarem a tal. Um claro exemplo desse tipo de suicídio é cometido pelos homens-bomba, que morrem em nome de sua religião e organização terrorista a que pertence.
Suicídio anômico: Este tipo de suicídio acontece quando as normas sociais e leis que governam a sociedade não correspondem com os objetivos de vida do indivíduo. Uma vez que o mesmo não se identifica com as normas da sociedade, o suicídio passa a ser uma alternativa de escape. Essa modalidade de suicídio foi freqüentemente cometida por protestantes na Grã-bretanha quando estavam sendo duramente perseguidos pela igreja católica.
Outro elemento de grande relevância para Durkheim foi a solidariedade, que julgava ser mecânica quando grupos estão ligados apenas por valores e crenças e orgânica com a divisão do trabalho.

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RELACIONANDO PASSADO COM PRESENTE – PADRÕES DE BELEZA

Os camponeses alimentavam-se de pão, cerveja e legumes. Ás vezes, peixe e fruta podem entrar no cardápio. Com a alimentação simples como essa os camponeses e demais homens do povo mantém se muito magros.Aqueles que comem muito, que engordam, pertencem à classe dos ricos: nobres, sacerdotes, escribas, só esses têm uma barriga saliente. Ter esse tipo de barriga era considerado elegante. O camponês que observava passar um barrigudo invejava-o, pois ele certamente tem uma vida agradável e próspera.
(Viviane Koening. As Margens do Nilo, os egípcios.
São Paulo, August. 1990 p 16-19)
A partir da leitura do texto, é inevitável não fazer automaticamente uma relação com o presente. Atribuímos essa mudança radical nos padrões de beleza à globalização, que defende a teoria do belo estar diretamente ligado a magreza exacerbada. Esse aspecto está sendo muito bem trabalhado pelos meios de comunicação, que criaram um padrão de beleza usado por muitas grifes de estilistas famosos, que por sua vez, estão exercendo uma forte pressão alienadora na mente da maior parte das adolescentes brasileiras, que estão desafiando suas características genéticas e naturais, se flagelando para conseguir se enquadrar literalmente num padrão de beleza e se transformar num produto a ser exposto numa vitrine cheia de glamour e holofotes, que têm um término pré-estabelecido, já que todo produto tem seu prazo de validade e é passível de deteriorações. Esta é face mais perversa da globalização, que objetiva alienar a sociedade e moldar nossas mentes, fazendo uma espécie de lavagem cerebral, e ainda não contente tenta a todo custo impor um padrão de cor de cabelo, tipo de roupa e outras exterioridades fúteis de puro adorno que tornam as pessoas próximas dos fluxos da aversão.
Em resumo, pode-se dizer que hoje uma pessoa com barriga saliente, nada tem de formosura nem de beleza, atualmente como é facilmente constatado, o sinônimo de belo e perfeito é a emaciação a todo e qualquer custo, em razão disso, várias meninas pagam com a própria vida o preço a serem magérrimas.
Então conclui-se que, estamos perdendo as essências históricas da humanidade, a nossa essência pessoal e pior ainda estamos presos e condicionados a um sistema que compreende todos os setores dessa sociedade vendida que é incapaz de respeitar as individualidades e características próprias de cada um, passando por cima do respeito em nome de uma lei regida por clausulas escritas por um partido de alienadores que deram um Golpe de Estado e baixaram a ditadura da homogeneidade na sociedade mundial.
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