sexta-feira, 30 de outubro de 2009

DESOBEDIÊNCIA AO MAL – LUTAR SEM VIOLÊNCIA (ANÁLISE DO FILME: GANDHI - Richard Attenborough 2002)

  • Resenha: O filme retrata a vida de Mahatma Gandhi, considerado o principal líder da luta pela independência da Índia, após décadas de dominação inglesa. Apesar de biográfico e de não entrar em discussões político-ideológicas, o filme mostra a situação de pobreza e exploração do povo indiano e momentos marcantes de sua luta e organização, como o terrível massacre em Amristar, onde os ingleses atingiram 15 mil homens, mulheres e crianças desarmados e a dramática marcha até o mar na qual Gandhi liderou milhares de seus conterrâneos indianos a provar que o sal marinho pertencia a todos e não era apenas uma mercadoria britânica; colocando em prática a política de desobediência civil, fundamentada no princípio da ação não violenta, considerada por ele como a maior força a ser empregada na defesa dos direitos das pessoas. Apesar da simplicidade, Gandhi era um homem de família rica, estudou Direito na Inglaterra e viveu na África do Sul. Pertencia ao “Partido do Congresso” que representava os interesses das minorias hindu e muçulmana.

Fonte: HistóriaNet a Nossa História.

  • Conflitos: A luta pela independência da Índia, após décadas de dominação pelo imperialismo inglês.

Conflitos a partir da política de desobediência civil.

Não podemos nos esquecer da situação de extrema pobreza e exploração sob qual vivia o povo indiano.

  • Valores: A luta e organização dos indianos na batalha de Amristar, liderados por Gandhi, conseguiram exercitar os princípios da não violência e também da desobediência civil.
  • Conflitos e valores em nossa vida: É muito fácil falarmos sobre a desobediência civil e sobre a não violência, difícil é vivenciar estes valores e colocá-los em prática, porém exercitar a nossa consciência e o nosso pensamento crítico também é muito importante, é o primeiro passo que podemos dar rumo à transformação social.
  • As razões de Gandhi: Mahatma Gandhi sempre dizia: Não sou um santo que aspira a ser político, mas um político que tenta tornar-se um santo. Aliás, também foram muito sábias as palavras do General George Marshall ao se referir a Gandhi: “Mahatma Gandhi foi o porta-voz da consciência de toda a humanidade”.

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FALSO IDEAL DE LIBERDADE

Vista noturna do bairro de Times Square, em Manhattan, Nova Iorque.

Embora tudo pareça tão diferente e equilibrado, repare como tudo isso, ao mesmo tempo consegue ser tão igual e tão previsível.

Atualmente muito se fala sobre liberdade de expressão, liberdade de voto, liberdade de escolha, e especialmente sobre cidadania. Mas pouco questionamos sobre nossa liberdade, se o ideal de felicidade é verdadeiro, se a sociedade se sente feliz, enfim, pouco questionamos também sobre a cidadania, se ela realmente existe, se é um mero preconceito burguês, ou se é apenas um instrumento de controle e alienação da população.

Como já dizia Marx: o poder invisível, a ideologia, exerce grande influência sobre toda população, e esta ideologia não poderia deixar de ser a da classe burguesa, ou seja, a classe dominante.

Como podemos dizer que somos livres ao votar se temos opções muito escassas de candidatos para escolher? Como podemos nos considerar livres se somos praticamente obrigados a vestir uma roupa de determinada marca e calçar um sapato também de uma marca exigida? Tudo isso só porque o mercado de trabalho, a sociedade do capital e os grupos sociais quais participamos valorizam e impõe essas regras. Como podemos nos dizer livres sendo que não temos sequer a liberdade de assistir programas de televisão que sejam de nosso interesse e, ou que nos agregue algo de bom? A televisão e os meios de comunicação nos seduzem e nos alienam de tal forma que nos obriga a assistir mesmo àqueles programas que não nos agradam e não nos agregam nada de bom, na maioria das vezes somos reféns de um jornalismo tendencioso, de realities shows obscenos e etc.

Não existe liberdade onde as pessoas são humilhadas, suas diferenças não são respeitadas. Também não existe liberdade onde a população é obrigada a assistir os mesmos programas de televisão, usar as mesmas roupas, os mesmos sapatos, falar as mesmas gírias, enfim, ser livre significa ser diferente e ao mesmo tempo ser respeitado sem deixar de respeitar as outras pessoas.

Não podemos esquecer de observar que boa parte da nossa liberdade nos é roubada descaradamente e diante dos nossos olhos, seja pela nossa acomodação, pela nossa cordialidade e especialmente, pela nossa falta de força de vontade para resistir aos regimes de homogeneidade que os meios de comunicação vêm nos impor em nome da classe burguesa. A partir do momento que passarmos rejeitar os realities shows, as marcas mais famosas de tênis, e assim por diante, daremos início a uma luta de ideologias e de argumentos, que serão capazes de revolucionar toda a sociedade. Esta será uma luta árdua, resistir a ditadura da homogeneidade burguesa é muito difícil, mas também é o primeiro passo que podemos dar rumo a uma sociedade mais justa e igualitária, capaz de reconhecer as diferenças entre as pessoas, sim, mas ao invés de combatê-las, passe a aprender com elas, aliás, a intolerância é uma das principais conseqüências do falso ideal de liberdade e da falsa cidadania sobre qual vivemos.

Quanto ao falso ideal de cidadania, está mais do que claro, que é uma invenção burguesa no simples intuito de “adestrar”, isso mesmo, grosseiramente, “adestrar” a população, até o ponto que ela consiga acreditar que está agindo e pensando pela sua própria cabeça e defendendo seus próprios ideais, mas que na verdade, está agindo e pensando de maneira alienada, quase hipnótica, em defesa dos ideais burgueses. O nosso papel diante disso é justamente o de indagar sobre a cidadania, questionar se há cidadania plena, se perante o capitalismo todos são igualmente cidadãos, ou se uns são mais do que os outros; em outras palavras, a cidadania foi criada em benefício da população, ou pura e simplesmente para mascarar a dura realidade enfrentada pelo povo e esconder um problema ainda maior: a luta de classes?

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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

FEUDALISMO DO SÉCULO XXI

Como já sabemos o feudalismo europeu foi caracterizado pela descentralização administrativa-política e pela ruralização da sociedade em comunidades agrárias autônomas, denominadas feudos.

Na época da formação do feudalismo, século V à XV, a maior parte da população temendo as invasões germânicas nas cidades, resolve partir para o campo, onde oferecem seus serviços como camponeses para os nobres (senhores feudais), que em troca lhes oferece proteção e abrigo no entorno de seu grande castelo.

Pois bem, hoje de certa forma, presenciamos uma situação parecida, num paralelo com a realidade, percebemos que uma pequena parcela, a da população mais abastada, está se feudalizando, ou seja, sempre procurando se estabelecer em condomínios particulares de luxo, de preferência com áreas verdes, e todas as demais instalações a fim de não precisarem ter contato algum com o mundo exterior.

Atualmente, a grande maioria dos condomínios luxuosos possui em suas dependências academias, restaurantes, pizzarias, panificadoras, supermercados, shopping centers e até escolas, ou seja, as pessoas não precisam sair das dependências do condomínio para nada, as crianças não precisam sair para estudar, e até mesmo os adultos não precisam ultrapassar o limite de segurança imposto pelos muros altos nem para trabalhar, pois é só ligar o seu laptop no escritório dentro de sua própria casa, e pronto, já está administrando todos os seus negócios, seus investimentos na bolsa de Nova Iorque, estando em casa, ou em qualquer outro lugar que esteja: na sua praia particular...

Até então, acompanhamos uma comparação de como se dá o processo de feudalização que as classes burguesas estão protagonizando. Mas qual é o motivo para que isso esteja acontecendo? O motivo é, principalmente, a violência que cerca a nossa sociedade por todos os lados, mas vejamos que, da mesma forma que os ricos sofrem com a violência, os pobres também, no entanto, não têm como recorrer, e muito menos, evitar a exposição à violência dominante nos grandes centros urbanos; que de acordo com o processo do feudalismo corresponde às invasões bárbaras.

Mas pobres pessoas ricas; não passa por suas mentes que a sua exorbitante concentração de lucro é o que financia diretamente e indiretamente a violência nas cidades, financia o tráfico de drogas e de armas, financia o crime organizado, o PCC e etc.

Seria muito fácil citar problemas e mais problemas diante de tal situação, uma vez que temos todo o direito de nos sentirmos tanto segregados e marginalizados, quanto desprotegidos ao mesmo tempo, em meio ao avanço da violência nas cidades. Já que não queremos ficar somente nos erros e problemáticas, propomos como solução uma reforma agrária decente seguida por uma distribuição justa da renda.

Ao contrário do que muitos pensam, a reforma agrária não é uma reivindicação puramente comunista, países capitalistas tais como os EUA e boa parte da Europa já fizeram a reforma agrária, pois descobriram com a distribuição das terras uma forma de aumentar a produção e conseqüentemente aumentar o lucro, por isso, não adianta pensarmos na reforma agrária somente, como uma alternativa para o crescimento desordenados das cidades, para as ondas de violência e para a desigualdade social. Juntamente com os projetos de reforma agrária, deve-se estudar um plano de distribuição de renda descente, para que se evite, justamente, a concentração de lucro, a divisão da sociedade entre os que têm os meios de produção e os que têm somente a força de trabalho, e principalmente, para que se evite este estado de injustiça geral, onde os que trabalham não ganham, e os que ganham não trabalham.

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quarta-feira, 21 de outubro de 2009

DESOBEDIÊNCIA AO MAL – LUTAR SEM VIOLÊNCIA

  • É possível lutar sem violência?
  • É possível ver alguém cometer uma grande injustiça e tentar impedir, mas sem sentir raiva?
  • É possível ter piedade de quem mata, rouba e pratica crueldades?
  • É possível condenar os atos sem condenar quem os praticou?
  • Uma causa justa pode ser defendida sem violência, ainda que os que por ela lutam sejam alvo de muita violência?

Estas são algumas questões que vamos tentar responder, e alguns conceitos que procuraremos entender e até mesmo desmistificar.

Um grande líder pacifista indiano chamado Gandhi demonstrou que as respostas para as questões acima são sempre “sim”, que tudo isso é possível. Até hoje, muita gente duvida que se possa agir sempre sem violência na vida. Gandhi ao contrário, com suas idéias e seu exemplo, mostrou a força da não violência.

Mahatma Gandhi, lutou corajosamente pela independência do povo indiano do Reino Unido por volta de 1947, com seus geniais planos de desobediência civil, boicote aos produtos ingleses, greves de fome e especialmente de não violência, mobilizou grande parte da população em prol da luta pela independência da Índia. Porém infelizmente fora covardemente assassinado no ano seguinte.

Podemos considerar que a luta pela independência indiana foi pacífica sob o comando de Gandhi, que por sua vez, jamais pegou em armas e tirou a vida de outras pessoas para conseguir seus objetivos, muito pelo contrário, com as suas greves de fome acabou agredindo a si mesmo, a ponto de debilitar-se de tal maneira que mal conseguia se sustentar.

Neste aspecto vale refletir se a independência da Índia foi, em amplos aspectos uma revolução pacífica, uma luta sem qualquer tipo de violência, ou ao mesmo tempo, também houve um resquício de violência, seja ela mínima ou não.
  • O que é a paz?

Sempre dizemos que há paz, quando não há violência, mas o que isso quer dizer na realidade? Sabemos que a paz é formada por um conjunto de fatores, tais como a cultura de valores e do senso comunitário.

A paz também é fruto da justiça, mas hoje em dia fica difícil falar de justiça, vivendo na sociedade dos valores essencialmente capitalistas, que tentam a qualquer custo impedir a propagação da justiça e da igualdade social.

Vale a pena lembrar que vivemos em paz quando aprendemos a conviver e agregar conhecimento a partir das diferenças entre as pessoas, isso significa que as diferenças existem para serem contempladas e não combatidas.

  • Você acredita na paz?

É sempre muito importante não perdermos a esperança de que um dia, viveremos em plena paz no mundo, mas para que isso seja concretizado, primeiramente precisamos compreender a importância do senso comunitário (trabalho em equipe), assim sendo, estaremos livres da intolerância que é um péssimo valor e praticaremos a solidariedade, nos tornaremos mais sensíveis aos problemas e dificuldades alheios e conseqüentemente aprenderemos muito mais com as nossas diferenças, socializaremos nossas habilidades, mas também compartilharemos nossas dificuldades.

Acreditar na paz é acreditar nos valores, na justiça e na igualdade social, na tolerância, e principalmente, na bondade humana.

  • Você acredita na paz? Sempre ou nem sempre? Por quê?

Muitas vezes seja pelos valores capitalistas, ou pelas nossas dificuldades e preocupações do dia-a-dia, bem como a violência que presenciamos e sofremos todos os dias nos grandes centros urbanos, acabamos nos considerando incapazes de acreditar que a paz sempre pode estar presente em todos e quaisquer lugares. Atribuímos a este estado de espírito exaltado, no qual se encontra a maioria da população que vive nas cidades, o estopim para ações violentas.

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domingo, 18 de outubro de 2009

DESOBEDIÊNCIA AO MAL – LUTAR SEM VIOLÊNCIA (RESOLVENDO PROBLEMAS)

Listar os problemas e dificuldades presentes em nossa cidade, em nosso bairro, ou em nossa comunidade, que são diariamente enfrentados pela população é uma tarefa que deve ser acompanhada por todos nós. Vamos tomar como exemplo um dos problemas mais discutidos, não somente em nossa comunidade, mas também na maioria das regiões periféricas das grandes metrópoles do país, como no Rio de Janeiro.

No Rio de Janeiro, a maior parte dos protestos para um sistema de transporte decente vêm seguidos de manifestações violentas, queima de coletivos até mesmo com pessoas dentro, contudo não estamos incluindo o total de mortos e feridos no final das contas.

A população, não só do Rio, precisa se conscientizar, refletir e chegar a conclusão de que queimar os coletivos não é a melhor forma de protesto, uma vez que, um ônibus a menos, significa maior tumulto, maior lotação e aumento no valor da tarifa.

De acordo com o raciocínio lógico, a fim de tomar soluções práticas, os protestos violentos parecem ser o caminho mais adequado para conseguirmos nossos objetivos, mas muito pelo contrário, acabam agravando ainda mais os problemas, sistematizando-os de maneira que fiquem cada vez mais difíceis de serem resolvidos, pois se aliam, quase que naturalmente, às milícias, ao tráfico de drogas e de armas, especialmente no Rio de Janeiro.

Diante desta problemática, me vêm à cabeça duas ideologias, duas filosofias distintas, mas que se combinadas nos ajudam a resolver esta situação do transporte público, bem como uma infinidade de outros problemas presentes e atuantes em nossa cidade, em nosso bairro, ou em nossa comunidade, estas ideologias são de Karl Marx e Mahatma Gandhi.

Primeiramente, Marx propõe a todos nós algo muito importante: a idéia de classe proletária, ou melhor, a idéia da possibilidade de organização da classe proletária, isso quer dizer que, a partir do momento que o proletariado (aquele que é penalizado diariamente pelo péssimo estado do transporte público, pois depende exclusivamente do mesmo) passar a se organizar e se reconhecer como uma classe, seremos capazes de promover transformações. Sabemos que com a devida organização, as práticas violentas, com certeza serão evitadas, ou até mesmo abolidas, visto que serão absolutamente dispensáveis. Por isso, Marx conceituou a Ditadura do Proletariado, que utiliza do domínio político para anular pouco a pouco as injustiças sociais, bem como a questão do transporte público, que estamos trabalhando com enfoque nesta discussão.

Aliando a ideologia marxista aos pensamentos de Gandhi, chegamos a conclusão de que a não-violência depende da organização social. Para conseguir a mobilização da população, Gandhi, por sua vez, lança o plano de resistência Satyagraha, de desobediência à lei da injustiça, de desobediência à lei do mal. Segundo Gandhi, especialmente neste caso do plano Satyagraha, “A desobediência civil não é um estado de ilegalidade e licenciosidade, mas pressupõe um espírito de respeito à lei combinado com o autodomínio”.

Acredito ser possível, a partir das sábias idéias deixadas por Karl Marx e por Mahatma Gandhi, convergirmos, mesmo que seja por uma questão menos ampla, que é a reivindicação por melhorias no transporte público na nossa comunidade, usando de manifestações conscientes, sobretudo pacíficas, para obtermos o devido êxito, qual Gandhi alcançou.

Reivindicar, sair às ruas, tornar pública nossa indignação é a melhor forma de produzir conscientização e promover mudanças, e principalmente, é a forma mais inteligente de manifestação, lembrando que a inteligência é a melhor arma que se pode usar contra as injustiças sociais.

Levando em consideração os pensamentos de Gandhi, a violência não gera transformação social alguma, muito pelo contrário, acaba gerando ainda mais violência, mais ira e mais ódio. A não-violência, que por sua vez, é uma atitude inteligente, nos permite promover a conscientização, a transformação e conseqüentemente a justiça social.

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sábado, 17 de outubro de 2009

IDADE MÉDIA - CETICISMO

No término da Idade Média, houve diversas guerras com motivos religiosos, descobertas de povos diferentes dos europeus, disputas filosóficas, ideológicas e teológicas, por isso os sábios admitiram que a razão humana é incapaz de reconhecer o conhecimento verdadeiro, assim surgiram os revolucionários intelectuais, tais como Sigmund Freud, que buscava explicações na racionalidade humana para os problemas existentes: doenças, neuroses, psicoses, o mecanismo dos sonhos, o psiquismo (alma), o sexo e os distúrbios sexuais, mas ao mesmo tempo, Freud conceituava que devemos ter uma interpretação ampla da sociedade, que não está somente exterior a nós, mas internamente também, tal fenômeno recebe o nome de infra-ego, a nossa “sociedade interior” que exerce um grande poder coercitivo sobre o nosso psiquismo, com efeitos nas nossas ações exteriores.

Já de acordo com Karl Marx, as explicações estão nas relações entre as classes sociais: burgueses e proletários (rotina de exploração do modo de produção capitalista, geradora das desigualdades sociais) que entram em intenso conflito devida a realidade de exploração proletária pela sociedade burguesa, onde os que trabalham não ganham e os que ganham não trabalham, em resumo, Marx dizia que devemos perceber que há uma problemática advinda justamente da forma qual a sociedade se organiza.

Com a breve citação de Freud e Marx, podemos apreciar um pouco mais sobre o período de transição da Idade Média para a Idade Moderna, onde vigorava a ideologia do ceticismo, que cedeu lugar ao Iluminismo, o período das Luzes.

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IDADE MÉDIA - SOCIEDADE FEUDAL

Muitos consideram a Idade média como um período obscuro “Idade das Trevas”, dominado por paradigmas e pelos ceticismos, porém, o mais correto seria afirmar que: A Idade Média fora um período importantíssimo para o “florescimento” da sociedade contemporânea, tanto no sentido bom das relações sociais, quanto no sentido ruim, que resultou no surgimento do dos primeiros burgueses e conseqüentemente no regime de produção capitalista.

A princípio dizemos que a organização feudal, especialmente, deve-se ao avanço do Islã sobre o Império Romano do Ocidente, que não suportou as invasões bárbaras (germânicas), sofreu um intenso processo de ruralização e passou a se organizar em feudos, por sua vez, os feudos mantinham uma certa organização interna, havia uma hierarquia ocupada pelos senhores feudais e pelos servos.

Não podemos esquecer que os feudos mantinham uma mínima comunicação entre si, geralmente trocas de favores militares, tratados de proteção contra invasões. Tais acordos eram denominados em suserania e vassalagem (acordo entre nobres), desta forma, suseranos ofereciam suporte financeiro (terras) aos seus vassalos, que em troca deveriam oferecer suporte militar contra eventuais invasões germânicas.

Quanto à organização religiosa, houve vários processos de ruptura, tais como a iconoclastia, que proibiu a adoração de imagens e a fragmentação da Igreja Católica em Apostólica Romana, comandada pelo Papa e a Ortodoxa Grega, liderada pelo Imperador de Constantinopla. Tal situação culminou no surgimento do clero, que era representado pelas autoridades máximas da Igreja Católica, Papa e Bispos, havia os nobres, representados pelos senhores feudais e sua família e por último, os servos, a base trabalhadora de toda a sociedade feudal.

Outro fato muito interessante e, sobretudo relevante sobre a Idade Média é a questão do “controle das mentes”, nesta época a Igreja era a maior detentora de terras e, além disso, controlava todas as manifestações mais íntimas das pessoas, controlava sua consciência por meio da confissão, sua vida sexual por meio do casamento, e tinha domínio até sobre vida e a morte dos indivíduos, só se nasce verdadeiramente com o batismo e só se tem o descanso eterno no solo sagrado do cemitério.

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HONESTIDADE

A honestidade é um dos valores mais admirados na personalidade do ser humano, por isso é muito importante cultivá-la. “Para o homem honesto uma boa reputação é a melhor herança” (Publílio Siro).

Contudo, isso não nos dá o direito de recriminar os considerados desonestos e corrompidos, até mesmo porque os homens honestos precisam de patifes ao seu lado, mesmo porque é a existência de tais pessoas corruptas que nos faz contrastar a honestidade com a desonestidade, e a desonestidade por sua vez, é o fator determinante que prova a existência dos valores da honestidade nos indivíduos.

O homem honesto não põe na balança os valores materiais e capitalistas, se uma pessoa honesta encontra, seja um saco cheio de jujubas, seja um saco recheado de dólares, ela vai procurar devolvê-los ao seu dono, tomando sempre atitudes corretas, pois ela não vai atribuir valor àquilo que não a pertence, os honestos não guardariam consigo nem o saco com jujubas por ter um valor insignificante e conseqüentemente, muito menos, pegariam o saco com dólares, muito pelo contrário, devolveriam ao seu verdadeiro dono.

Hoje, vivendo na sociedade dos valores capitalistas fica muito difícil resistir a tentação de rumar às atitudes desonestas, uma vez que pessoas mal intencionadas estão por todas as partes tentando nos seduzir, além do mais a população sofre uma constante exploração no seu trabalho, é duramente massacrada e marginalizada todos os dias pelos meios de comunicação e ainda está exposta a todos e quaisquer tipos de perigo e violência. “O homem honesto não será desviado do que é digno por coisa nenhuma”. (Sêneca).

A honestidade trata-se de um valor que deve ser praticado de forma recíproca, “Todos nós sabemos o que é uma ação desonesta, mas o que é a honestidade, isso, ninguém sabe”. (Anton Pavlovitch Tchékhov), só saberemos o que é verdadeiramente o valor da honestidade quando olharmos nosso reflexo ao espelho e podermos afirmar com absoluta certeza: “essa é uma pessoa honesta”. Caso contrário devemos olhar nosso reflexo ao espelho e indagar: “então quem sou eu para exigir a honestidade das outras pessoas, e esperar atitudes honestas para comigo?”.

Bem como acontece com os demais valores, a honestidade corre o risco de sofrer o processo de personificação, principalmente pelo fato de vivermos numa sociedade essencialmente baseada nos valores capitalistas e comandada pelo lucro e pelo insensível “pagamento em dinheiro”. “A honestidade fingida é desonestidade dobrada”. (Publílio Siro).

Sabemos que as pessoas honestas sempre atraem os outros para perto de si e ganham a sua admiração e confiança, sabendo disso, você... está tentando se distanciar das atitudes desonestas? Você vê uma pessoa honesta quando se olha ao espelho?

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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

SER FELIZ É...

Ser um cidadão pleno também é ter uma calçada decente para andar e com rampas que facilitem o acesso dos cadeirantes.

A felicidade é um estado de espírito que a maioria das pessoas busca durante toda a vida, mas, sabemos que poucas conseguem encontrá-lo, grande parte delas são infelizes por não possuírem os bens materiais que desejam, ou a riqueza que almejam.

Ser feliz é uma tarefa muito difícil, principalmente quando se vive em uma sociedade capitalista, adepta à ditadura do consumismo e do individualismo, isso quer dizer que, a convivência na sociedade do capital é dificultada, porque as pessoas vêm se tornando cada vez mais alienadas a um padrão pré-estabelecido de beleza, de educação, de entretenimento... enfim ao padrão da homogeneidade imposto pelos estadunidenses, ou seja, este padrão tem um único objetivo, o de promover a desigualdade social, lembrando que, capitalismo e igualdade social são questões adversas, o que justifica a consagrada afirmação de Karl Marx de que “A história da humanidade é a história da luta de classes”.

Ser feliz é ter o direito à saúde, educação, alimentação, moradia, lazer e etc, a felicidade, na sociedade capitalista é como a luz no fim do túnel. Ser feliz é ser um cidadão pleno, respeitado e provido de direitos que o garanta, pelo menos, o básico e essencial para uma vida digna.

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A TRISTEZA É...

A tristeza também é um estado de espírito, podemos nos entristecer em razão de uma infinidade de fatores, estes que podem ser internos à nossa consciência, ou até mesmo alheios aos indivíduos, a fim de estabelecermos “boas” relações interpessoais, um grande desafio imposto pelo capitalismo é deixarmos de exteriorizar nossas tristezas e intrigas, em outras palavras, temos que nos individualizar a ponto de nos tornarmos indiferentes aos problemas tanto pessoais, quanto comunitários. Este é o cruel objetivo do capitalismo, muita conversa e pouco trabalho é sinônimo de desemprego; aliás, as conversas e debates entre os proletários são de grande preocupação para o burguês, pois quanto menor é a consciência dos seus operários, maior é o seu poder sobre os mesmos. O exercício da consciência e do senso crítico é o inimigo número um do capitalismo.

Qual então seria a alternativa à tristeza? A consciência, o senso crítico, a ação comunitária e o internacionalismo proletário são as armas mais potentes que temos contra a tristeza da desigualdade social, da personificação dos valores e das relações humanas, uma vez que, a força transformadora está conosco, não devemos desperdiçá-la.

Uni-vos em prol de nossos objetivos, a defesa dos direitos do cidadão, dos valores humanos e do bem comum.

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sexta-feira, 9 de outubro de 2009

PRECONCEITO – POVOS GERMÂNICOS X TERRORISTAS

RELAÇÕES COM O IMPERIALISMO ESTADUNIDENSE

Pode haver uma comparação entre os antigos povos bárbaros e os terroristas, mas precisamos nos policiar a fim de não deturparmos a verdade e cairmos no pré-conceito.

Nos tempos do Império Romano, todos os povos que resistiam a dominação, não seguiam os mesmos preceitos políticos que os romanos e não falavam latim, enfim, todos aqueles povos que não foram “romanizados” eram chamados de bárbaros, mas o correto seria chamá-los de germânicos, levando em consideração sua origem, pois tais povos formaram diversos reinos no território que antes pertencera ao próprio Império Romano.

Hoje, costumamos ser preconceituosos ao nos referirmos como bárbaros àqueles que não prezam a cultura estadunidense e como terroristas os seguidores da fé islâmica, ou seja, a maioria dos árabes e muçulmanos.

Atribuímos aos ideais imperialistas este descostume que temos de inferiorizar nossos semelhantes pura e simplesmente pela sua religião, seja também pela sua etnia, ou qualquer outra característica que possa servir como motivo, razão, e circunstância que eventualmente justifique a inferiorização das pessoas.

Segundo Içami Tiba, "A humanidade vive melhor quando sabe aproveitar bem as diferenças e se enriquecer com elas em vez de combatê-las".

Não restam dúvidas de que o preconceito imperialista insere em nossa conduta os ideais de que o bom, o belo e o verdadeiro estão associados à cultura, os costumes e à política estadunidense, o Império da atualidade.

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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

PRECONCEITO ÉTNICO – UM OLHAR SOBRE O BRASIL

O descobrimento, Cândido Portinari.

A origem do preconceito étnico especialmente no Brasil, data desde o nosso “descobrimento”. Os portugueses que aqui chegaram, já muito avulsos, classificaram os indígenas como povos selvagens, providos de péssimos hábitos e tradições religiosas consideradas demoníacas de acordo com os padrões europeus; ao discorrermos o termo “demoníaco”, nos referimos a tradição indígena da antropofagia, que por sua vez era ojerizada pelos portugueses.

No decorrer do século XVII, foi a vez dos povos africanos, que foram covardemente escravizados, o caro leitor há de me desculpar a retórica, mas, por quê motivo, razão ou circunstância deve-se tal escravização? O motivo é simplesmente justificado pela cor da pele de um determinado indivíduo, que vai determinar o lugar que o mesmo deve ocupar na sociedade, se ele deve ser tratado como um ser humano, munido de cidadania e de voz para reivindicar seus direitos, ou se ele será desprezado como um simples objeto sem valor algum, é o caso dos escravos que recebiam tratamentos desumanos, eram no sentido denotativo da palavra, “coisas”, e não seres vivos, que têm os mesmos direitos que quaisquer outros povos e os mesmos anseios por uma vida com mais dignidade, além de serem providos das mesmas capacidades e competências físicas e cognitivas em relação a qualquer outra pessoa, independentemente da sua etnia; o que já está mais do que provado pelo projeto de genoma, ainda no ano de 1985. Portanto isso nos dá o respaldo necessário para lutar contra este preconceito imbecil, um dos fatores determinantes que impedem o nosso país de progredir intelectualmente e culturalmente, o que representa um empecilho ainda maior para o progresso econômico.

Depois da “abolição” do trabalho escravo no Brasil, chegaram os imigrantes italianos para desenvolver um trabalho semelhante ao dos africanos, de forma semi-escrava, mas igualmente humilhante, desumana e criminosa.

Em resumo, nosso país vem sofrendo durante muito tempo, desde a dizimação dos índios na época do descobrimento até a chegada dos povos italianos na década de 1880, e para que isso fique devidamente constado, vejamos que, em 1500, a população indígena nas terras brasileiras oscilava entre 3 e 5 milhões de indivíduos, mas hoje o número não passa de 700 mil índios.

Agora providos de informações necessárias, nos damos o direito de fazer a seguinte pergunta: há possibilidades de um país que nasceu à base do imperialismo português e das políticas de exploração do trabalho escravo ascender-se socialmente, ainda mantendo as mesmas formas de preconceito e de inferiorização étnica do século XVII? Lembrando que o Brasil é um país extremamente diversificado, e isso é justamente o que nos torna originais e favorece o enriquecimento cultural da população, sendo assim, este é um aspecto a ser fielmente defendido pelos brasileiros e motivo de orgulho para toda a população.

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VALORES HUMANOS

Quanto a nossa justiça, ou até mesmo a falta dela, onde estão sendo aplicados os valores? Qual é a nossa contribuição para que esta situação qual vivemos hoje se perpetue por muitos e muitos anos, caso contrário, quais seriam as atitudes mais desejáveis a fim de combatermos aquilo que infringe a lei e os valores do ser humano?

Entende-se como valores humanos a forma com que a sociedade se organiza e sistematiza suas regras que deverão ser seguidas a fim de alcançar o equilíbrio nos sentidos: político (relativo aos negócios públicos), econômico (referente a produção, distribuição e consumo das riquezas) e social (respectivo a própria sociedade e o que convém ou não à mesma).

Atitudes éticas consistem na obediência às regras determinadas democraticamente por uma determinada sociedade, no intuito de alcançar o equilíbrio. Em algumas sociedades indígenas, por exemplo, as crianças ao nascerem já são separadas de suas respectivas mães e entregues a uma família diferente, aos nossos olhos esta situação parece adversa e cruel, mas na concepção desta tribo indígena é algo normal, e acima de tudo, é uma decisão democrática. Agora, já não podemos dizer que é normal e perfeitamente compreensível a crescente taxa de criminalidade que encaramos nas grandes cidades brasileiras, a delinqüência está longe de ser uma escolha democrática, embora seja comum convivermos com o crime, isto não quer dizer que seja normal e inato aos habitantes das metrópoles.

Sobretudo, os valores humanos nos conduzem a atitudes concretas; tiremos como exemplo a água, que é extremamente importante para a nossa vida; então, é nosso dever preservá-la, para o bem comum. Uma vez falando sobre o bem comum, devemos obrigatoriamente relacioná-lo com o senso comunitário, fator determinante para o cumprimento das normas de convivência, além de ter fundamental importância no cenário das relações interpessoais.

Por outro lado, a ausência dos valores éticos acarreta problemas de convivência, desrespeito total pela figura do cidadão e pala vida humana, tanto por parte da sociedade que insiste em desrespeitar a si mesma, quanto por parte dos nossos representantes, que transfiguram a ética como um potente artifício para obtenção de votos.

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POESIA CONCRETA – ARTE E TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

Pouco sabemos sobre a arte da poesia concreta; sua importância e fundamentação, além disso, deixamos de compreender seus propósitos quanto uma nova forma de reflexão e principalmente de manifestação popular, ou seja, seu papel fundamental como iniciativa transformadora da sociedade, especialmente em meio a juventude.

A poesia concreta, como o próprio nome já diz, tem como base formadora o movimento concretista que, por sua vez, tratou-se de uma fase literária que valorizava a incorporação de aspectos geométricos à arte da poesia, em suma, a mensagem a ser passada consiste primeiramente nas formas constitutivas da palavra, e não na disposição tradicional das mesmas em prosa, ou em verso. Além disso, a poesia concreta chama muito, a atenção dos jovens, que acabam a reproduzindo e aplicando seus conceitos na arte do graffiti, por exemplo. Outro aspecto importantíssimo da poesia concreta é justamente a sua flexibilidade quanto às diversas interpretações que podemos formular a partir de seus princípios fundamentais.

Ao falarmos de poesia concreta, falamos de modernidade poética. Mas qual é a fundamentação de tal modernidade, quais são as propostas que justificam a criação da poesia concreta e confirmam sua importância. A real justificativa desta vertente concretista está na tentativa de mobilizar especialmente os jovens, por mais paradoxal que isso possa parecer, para enfrentar a imposição dos meios de comunicação, e aproveitando o “gancho” do esgotamento publicitário, surge em meio ao concretismo, uma nova forma de análise e reflexão. As principais análises da poesia concreta fazem parte de uma pluralidade, que confirmam a sua importância nos sentidos cultural, ético, político e social.

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