quinta-feira, 8 de abril de 2010

GRANDES PERSONALIDADES

Visando ampliar nosso leque de conhecimento sobre a América Latina, listamos algumas personalidades que marcaram nossa história e representaram a cultura latina; cada qual ao seu modo de protesto lutaram contra as injustiças sociais em nosso continente. Propomos relembrar desde Che Guevara, um dos maiores revolucionários sul americanos, até a sua compatriota argentina Mercedes Sosa, que tinha na música a melhor forma de protesto e denúncia social.

Ernesto Guevara de la Serna, mais conhecido por CHE GUEVARA (Rosário, Argentina, 14 de Junho de 1928 - La Higuera, Bolívia, 9 de Outubro de 1967) foi um dos mais famosos revolucionários comunistas da história, ganhando grande notoriedade em Cuba, onde atuou entre os principais dirigentes do governo de Fidel Castro.

"O conhecimento nos faz responsáveis.

"O revolucionário deve sempre ser integral. Ele deverá trabalhar todas as horas, todos os minutos de sua vida, com um interesse sempre renovado e sempre crescente. Esta é uma qualidade fundamental.

"Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira.
Che Guevara

EMILIANO ZAPATA Salazar (San Miguel Anenecuilco, México, 8 de agosto de 1879 – 10 de abril de 1919) foi um líder importantíssimo durante Revolução Mexicana de 1910 contra a ditadura de Porfirio Díaz. Considerado um dos heróis nacionais mexicanos, Zapata é também a inspiração para o Movimento Zapatista ou Exército Zapatista de Libertação Nacional (EZLN), que atua em todo o México, mas tem suas ações mais concentradas no estado de Chiapas, desde 1983 até os dias de hoje.

Frases do Movimento Zapatista

"Mandar obedecendo.

"Um mundo onde caibam muitos mundos.

"Tudo para todos, nada para nós.

Haydée MERCEDES SOSA (San Miguel de Tucumán, 9 de julho de 1935 - Buenos Aires, 4 de outubro de 2009) foi uma das maiores cantoras argentinas de grande apelo popular e de reconhecimento internacional pelas suas ações contra a ditadura militar na Argentina e na América Latina, sendo muito conhecida também como a voz dos “sem voz”. Com raízes na música folclórica, ela se tornou uma das expoentes do movimento conhecido como El Nuevo Cancionero, que se propõe em buscar a riqueza criadora dos intérpretes argentinos.

Gracias a la vida

Gracias a la vida, que me ha dado tanto
Me dio dos luceros que cuando los abro
Perfecto distingo lo negro del blanco
Y en alto cielo su fondo estrellado
Y en las multitudes el hombre que yo amo
Gracias a la vida, que me ha dado tanto
Me ha dado el oído, que en todo su ancho
Traba noche y día grillos y canarios
Martirios, turbinas, ladridos, chubascos
Y la voz tan tierna de mi bien amado
Gracias a la vida, que me ha dado tanto
Me ha dado el sonido y el abecedario
Con él las palabras que pienso y declaro
Madre, amigo, hermano y luz alumbrando
La ruta del alma del que estoy amando
Gracias a la vida, que me ha dado tanto
Me ha dado la marcha de mis pies cansados
Con ellos anduve ciudades y charcos
Playas y desiertos, montañas y llanos
Y la casa tuya, tu calle y tu patio
Gracias a la vida, que me ha dado tanto
Me dio el corazón que agita su marco
Cuando miro el fruto del cerebro humano
Cuando miro el bueno tan lejos del malo
Cuando miro el fondo de tus ojos claros
Gracias a la vida, que me ha dado tanto
Me ha dado la risa y me ha dado el llanto
Así yo distingo dicha de quebranto
Los dos materiales que forman mi canto
Y el canto de ustedes que es el mismo canto
Y el canto de todos que es mi propio canto
Gracias a la vida.

Mercedes Sosa

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XOCOATL, O VERDADEIRO CHOCOLATE

O chocolate conhecido atualmente.
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O atual chocolate, conhecido pelos astecas como xocoatl, era usado como uma bebida nobre pelos povos pré-colombianos. Em Novembro de 2007, arqueólogos encontraram vestígios da mais antiga plantação de cacau em Honduras, que data de 1100 a 1400 a.C, então chamaram a região de “berço do chocolate”.

Hieróglifos maias confirmam o uso do chocolate pelos povos pré-colombianos.
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A civilização maia cultivava o cacau e usavam as sementes para fazer uma bebida amarga. Hieróglifos maias dizem que o chocolate era usado para fins cerimoniais assim como no cotidiano.
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Sementes de cacau.
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O chocolate era um bem luxuoso e importante para os astecas, e os grãos de cacau eram usados como moeda, além disso, todas as áreas conquistadas pelos astecas eram obrigadas a plantar cacau e pagar impostos em grãos.

Contudo
, o chocolate deu origem a diversas lendas, utilizadas até mesmo nos dias de hoje, podendo nos fornecer indícios sobre a utlização desse fruto naquela época.
  • Lenda do imperador do chocolate

Esta lenda diz que foi em Montezuma, no México, que a bebida do cacau teve o seu maior fã. O mito fala que ele possuía, diariamente, à mesa 50 vasilhas de ouro para chocolate e ordenava colocar a disposição de seus funcionários mais de 3000 barris de cacau preparado. Diz a lenda que esse imperador, o último dos astecas, quando esteve no poder, de 1502 até 1520, tornou oficial o uso do chocolate nas refeições dos nobres, ficando conhecido pelas escrituras como o Imperador do Chocolate.

  • Lenda das vítimas de sacrifícios

Diz a lenda que os astecas, nas festividades das colheitas, davam às vítimas de sacrifícios taças de chocolate.

Segundo a historiadora Patrícia Oliveira, os astecas faziam isto para que as almas das vítimas chegassem mais rápido ao céu de uma forma que agradasse as divindades, pois o chocolate era visto como o alimento dos deuses.

  • Lenda das moedas de chocolate

Hieróglifo representa o uso de sementes de cacau como moeda.

Os astecas faziam suas moedas de xocoatl, ou seja, de chocolate. Isto demonstra a importância que o cacau tinha para eles, pois os seus maiores tesouros eram feitos de chocolates.

  • Lenda do harém de Montezuma e o chocolate afrodisíaco

Chocolate Montezuma.

Há uma lenda que diz que o imperador Montezuma tinha mais de mil mulheres e sempre ingeria chocolate antes de ir ao harém.

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PARA DISCUTIR E REFLETIR: "POR QUÊ?"

O SENTIMENTO IMPERIALISTA ESPANHOL
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Por Willian de Souza.

É inato ao ser humano o sentimento de inveja e o desejo de tomar os bens alheios; os indivíduos, uma vez superados em determinado aspecto que naturalmente se julgam “o melhor”, tendem a desenvolver um determinado tipo de sentimento destrutivo, que na conjuntura que compreendia os espanhóis na época foi o imperialismo, que nada mais é do que um falso ideal de superioridade que ilustra perfeitamente vários contextos históricos, especialmente aqueles que dizem respeito à colonização.
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Não existe outra explicação se não as conseqüências iminentes da ganância e crueldade imperialista. Na busca incessante por ouro e riquezas naturais, os espanhóis não tiveram o raciocínio de preservar e poupar toda uma sociedade admirável, procurando cuidar a fim de manter o seu desenvolvimento por muitos e muitos anos mais, porém a cobiça falou mais alto, e ainda aparece gritante na sociedade atual.
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Em um paralelo com o presente, desejamos que o imperialismo não volte a assombrar as minorias, e sobretudo que isto nos sirva de exemplo e motivação para preservarmos o pouco que resta dos povos nativos do nosso país, uma vez que os astecas foram quase que totalmente dizimados; além de estimar o fim do imperialismo, devemos lembrar que atitudes concretas são indispensáveis e insubstituíveis, rumo à transformação social e à formação de uma sociedade consciente, capaz de perceber a real importância não só de preservar as culturas nativas, mas também aprender mais sobre estas.

Além de tudo vale ressaltar os antagonismos na questão ideológica e intelectual entre os povos astecas e os conquistadores espanhóis, pois toda a inteligência utilizada pelos colonizadores só fora eficiente para destruir as maravilhas construídas e as edificações erguidas durante milhares de anos com toda a sabedoria e esforço da sociedade asteca.

Ainda no ramo ideológico, vale a pena discutir uma questão menos divulgada, porém não menos importante, que é o sentimento imperialista, mas desta vez no âmbito religioso, porque fora este mesmo sentimento, que justificou todas as atrocidades cometidas pelos espanhóis, que teoricamente estavam representando a doutrina católica perante os astecas; os conquistadores, por sua vez, não foram nada fiéis aos Dez Mandamentos, e de acordo com os ensinamentos católicos, infringiram o princípio crucial que diz “Não matarás”, uma vez que a história da colonização espanhola na América Latina fora escrita com o sangue de milhões de nativos.
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PARA LER: "POR QUÊ?"

Tzvetan Todorov.
Cortez compreende relativamente bem o mundo asteca que se descobre diante de seus olhos. Contudo, essa compreensão superior não impede os conquistadores de destruir a civilização e a sociedade asteca.

Existe aí um encadeamento terrível, onde compreender leva a tomar; e tomar a destruir, encadeamento cujo caráter inevitável gostaríamos de pôr em dúvida. A compreensão não deveria vir junto com simpatia? O desejo de tomar, de enriquecer à custa do outro, não deveria predispor à conservação desse outro, fonte potencial de riqueza?

O paradoxo da compreensão que mata desapareceria se fosse possível observar naqueles que compreendem um julgamento de valor negativo sobre o outro [julgamento segundo o qual o outro é considerado mau e deve ser destruído]. Ora, lendo os escritos dos conquistadores, vemos que não é nada disso, e que, em alguns aspectos pelo menos, os astecas, provocaram a admiração dos espanhóis.

Quando Cortez deve emitir um julgamento sobre os índios do México, será sempre para aproximá-los dos espanhóis: “Nos comportamentos e nas relações sociais, essa gente tem quase os mesmos modos de viver que na Espanha, e há tanta ordem e harmonia quanto aí [...]”.

As cidades astecas, diz Cortez, são tão civilizadas quanto as espanholas: “O mercado de Tenochtitlán é uma grande praça, toda cercada de pórticos e maior que a de Salamarca”. Diego Godoy, outro cronista, completa: “Ainda que os espanhóis o tivessem feito, não teria sido melhor executado”. Acrescenta Cortez: “Não há nenhum príncipe conhecido no mundo que possua coisas de tal qualidade. Essa cidade [Tenochtitlán] era a coisa mais bela do mundo”.
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Tanto encanto, seguido, todavia de uma destruição tão completa! Longe de esclarecer-se, portanto, o mistério só aumenta: não somente os espanhóis compreendiam bastante bem os astecas, mas também sentiam admiração por eles; e, no entanto, os aniquilaram; por quê?
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Adaptado de Todorov, Tzetan. A conquista da América: a questão do outro.
São Paulo: Martins Fontes, 1999. P.151-4

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ÍNDIOS DO BRASIL (SESSÃO DE VÍDEOS)





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ÍNDIOS DO BRASIL

Mulher indígena.

  • Introdução

Historiadores afirmam que antes da chegada dos europeus à América havia aproximadamente 100 milhões de índios no continente. Só em território brasileiro, esse número chegava 5 milhões de nativos, aproximadamente. Estes índios brasileiros estavam divididos em tribos, de acordo com suas tradições lingüísticas: tupi-guaranis (região do litoral), macro-jê ou tapuias (região do Planalto Central), aruaques (Amazônia) e caraíbas (Amazônia).

Atualmente, calcula-se que apenas 400 mil índios ocupam o território brasileiro, principalmente em reservas indígenas demarcadas e protegidas pelo governo. São cerca de 200 etnias indígenas e 170 línguas. Porém, muitas delas não vivem mais como antes da chegada dos portugueses. O contato com o homem branco fez com que muitas tribos perdessem sua identidade cultural.

  • A sociedade indígena na época da chegada dos portugueses
O primeiro contato entre índios e portugueses em 1500, ao contrario do que diz a história, não foi alegre e pacífico, mas sim de muita estranheza para ambas as partes. As duas culturas eram muito diferentes e pertenciam a mundos completamente distintos, principal justificativa utilizada pelos portugueses ao dizimarem os indígenas e pelos padres jesuítas ao catequizarem e ferirem a originalidade cultural dos índios.

Os indígenas que habitavam o Brasil em 1500 viviam da caça, da pesca e da agricultura de milho, amendoim, feijão, abóbora, bata-doce e principalmente mandioca. Os índios domesticavam animais de pequeno porte como, por exemplo, porco do mato e capivara. Não conheciam o cavalo, o boi e a galinha. Na Carta de Caminha é relatado que os índios se espantaram ao entrar em contato pela primeira vez com uma galinha.
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As tribos indígenas possuíam uma relação baseada em regras sociais, políticas e religiosas. O contato entre as tribos acontecia em momentos de guerras, casamentos, cerimônias de enterro e também no momento de estabelecer alianças contra um inimigo comum.

Objetos indígenas.

Os índios faziam objetos utilizando as matérias-primas da natureza. Vale lembrar que índio respeita muito o meio ambiente, retirando dele somente o necessário para a sua sobrevivência. Desta madeira, construíam canoas, arcos e flechas e suas habitações (oca). A palha era utilizada para fazer cestos, esteiras, redes e outros objetos. A cerâmica também era muito utilizada para fazer potes, panelas e utensílios domésticos em geral. Penas e peles de animais serviam para fazer roupas ou enfeites para as cerimônias das tribos. O urucum era muito usado para fazer pinturas no corpo.
  • O contato entre indígenas e portugueses
O contato com os portugueses foi muito prejudicial aos povos indígenas. Interessados nas terras, os conquistadores usaram a violência contra os índios. Para tomar as terras, chegavam a matar os nativos ou até mesmo transmitir doenças a eles para dizimar tribos inteiras.

A primeira missa no Brasil, de 1861, Vitor Meirelles criou uma imagem idealizada da conquista portuguesa: índios assistem a missa irmanados com os portugueses.

A visão que o europeu tinha a respeito dos índios era eurocêntrica. Os portugueses achavam-se superiores aos indígenas e, portanto, deveriam dominá-los e colocá-los ao seu serviço. A cultura indígena era considera pelo europeu como sendo inferior e grosseira. Dentro desta visão, acreditavam que sua função era convertê-los ao cristianismo e fazer os índios seguirem a cultura européia. Foi assim, que aos poucos, os índios foram perdendo sua cultura e conseqüentemente a sua identidade.

  • A organização social dos índios

Índios adultos exercendo a atividade da caça.

Entre os indígenas não há classes sociais como a do homem branco. Todos têm os mesmo direitos e recebem o mesmo tratamento. A terra, por exemplo, pertence a todos e quando um índio caça, costuma dividir com os habitantes de sua tribo. Apenas os instrumentos de trabalho (machado, arcos, flechas, arpões) são de propriedade individual. O trabalho na tribo é realizado por todos, porém possui uma divisão por sexo e idade. As mulheres são responsáveis pela comida, crianças, colheita e plantio. Já os homens da tribo ficam encarregados do trabalho mais pesado: caça, pesca, guerra e derrubada das árvores.

Duas figuras importantes na organização das tribos são o pajé e o cacique. O pajé é o sacerdote da tribo, pois conhece todos os rituais e recebe as mensagens dos deuses. Ele também é o curandeiro, pois conhece todos os chás e ervas para curar doenças. Ele que faz o ritual da pajelança, onde evoca os deuses da floresta e dos ancestrais para ajudar na cura. O cacique, também importante na vida tribal, faz o papel de chefe, pois organiza e orienta os índios.

Crianças indígenas.

A educação indígena era bastante interessante. Os pequenos índios, conhecidos como curumins, aprender desde pequenos e de forma prática. Costumam observar o que os adultos fazem e vão treinando desde cedo. Quando o pai vai caçar, costuma levar o indiozinho junto para que este aprender. Portanto a educação indígena é bem pratica e vinculada a realidade da vida da tribo indígena. Quando atinge os 13 anos, o jovem passa por um teste e uma cerimônia para ingressar na vida adulta.

  • Religião Indígena
Ritual religioso indígena.

Cada comunidade indígena possuía crenças e rituais religiosos diferenciados. Porém, todas as tribos acreditavam nas forças da natureza e nos espíritos dos antepassados. Em nome destes deuses e espíritos, faziam rituais, cerimônias e festas.
  • Canibalismo
Algumas tribos indígenas eram canibais. A antropofagia era praticada, pois acreditavam que ao comerem a carne de um companheiro estariam incorporando a sua força, sabedoria, valentia e conhecimentos. Desta forma, não se alimentavam da carne de pessoas fracas ou covardes.
  • Principais etnias indígenas brasileiras na atualidade e população estimada
Distribuição atual da população indígena em território brasileiro.


Ticuna (35.000),

Guarani (30.000),

Caiagangue (25.000),

Macuxi (20.000),

Terena (16.000),

Guajajara (14.000),

Xavante (12.000),

Ianomâmi (12.000),

Pataxó (9.700),

Potiguara (7.700).
Fonte: Funai
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domingo, 4 de abril de 2010

OS INCAS (SESSÃO DE VÍDEOS)

CONSTRUINDO UM IMPÉRIO - OS INCAS (The History Channel)



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OS INCAS

Ruínas da cidade histórica de Machu Picchu.

Os incas habitavam os planaltos andinos, desde a Colômbia até as regiões do Chile e da Argentina atuais, tendo o atual Peru como o centro político, econômico e demográfico. Os incas chegaram à Bacia do Cuzco, no interior dos Andes do Peru, por volta do século XIII. Coligaram-se com outros povos existentes na região e adotaram inúmeros traços culturais inclusive diferentes tipos de línguas. A denominação “Inca” se deu a partir de inúmeras guerras e era usada para se referir ao imperador. Essas guerras despontaram no interior do império, militares interessados nas atividades bélicas, porque essas lhe traziam benefícios, tais como títulos, bens e mão-de-obra servil. As guerras também visavam obter seres humanos para serem sacrificados em nome dos deuses incas.
  • Política

É incontestável que o Estado inca teve uma organização social e política peculiar. Seu chefe de Estado era o Inca, que tinha uma esposa denominada Qoya. De um modo mais compreensível, pode-se dizer que o nome “Inca” equivale a “Rei”; e “Qoya” significa “Rainha”. De acordo com a tradição, tanto o Inca quanto a Qoya eram descendentes diretos do Deus Sol, portanto além de autoridades políticas eram, sobretudo, divindades.

O Inca era o chefe religioso e político. Pesava o fato de que o Inca era venerado como um deus vivo, pois era considerado o Filho do Sol. Seus súditos seguiam suas ordens com total submissão. Aqueles que conviviam com ele se humilhavam em sua presença, em ato de extrema reverência. Apenas o mais nobre homem da linhagem podia dirigir a palavra ao Inca e repassar as informações aos outros súditos. Grandes adornos dourados pendiam das orelhas do Inca, o que acabava por deformá-las. O imperador inca usava ainda uma túnica que ia até os joelhos, um manto banhado a esmeralda e turquesa, braceletes e joelheiras douradas e uma medalha peitoral que trazia impresso o símbolo do Império Inca.

  • Conquista espanhola

Uma vez dominada a região central do continente, os espanhóis se voltaram para a América do Sul. Nessa empreitada, destacaram-se as expedições comandadas por Francisco Pizarro. A disputa pelo trono entre os irmãos Huáscar e Atahualpa, líderes incas, facilitou a ação espanhola.

Francisco Pizarro (1476-1541).

Os espanhóis dispunham de cavalos e de armas de fogo, que os incas logicamente não conheciam. A um sinal de Pizarro, prenderam o imperador e mataram milhares de seus acompanhantes. Em troca da libertação de Atahualpa, Pizarro exigiu uma quantidade de ouro suficiente para encher um quarto do palácio do imperador. Em poucos meses os incas conseguiram reunir a quantidade de ouro exigida, mesmo o resgate estando pago, Pizarro rompeu com sua palavra e ordenou a execução de Atahualpa, que teve a cabeça estraçalhada por um torniquete de ferro.
  • Ontem e hoje

Estrada inca construída há mais de 350 metros de altitude.

Mesmo os incas não terem deixado uma língua escrita, por outro lado existem as ruínas da cidade de Machu Picchu, um marco da belíssima arquitetura desenvolvida por esse povo, além de duas estradas, uma no litoral e outra nas montanhas, interligadas por caminhos transversais, cortavam o território inca de norte a sul. Ao longo delas havia postos de correio com mensageiros disponíveis.

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OS ASTECAS (SESSÃO DE VÍDEOS)

CONSTRUINDO UM IMPÉRIO - OS ASTECAS (The History Channel)





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OS MAIAS (SESSÃO DE VÍDEOS)

CONSTRUINDO UM IMPÉRIO - OS MAIAS (The History Channel)

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sábado, 3 de abril de 2010

OS ASTECAS

Representação da cidade de Tenochtitlán.

Se desenvolveram por volta de 1345, na região do lago Texcoco, onde construíram a imponente cidade de Tenochtitlán, que segundo o conquistador espanhol Hernán Cortez, “É uma cidade tão grande como Sevilha e Córdoba”.

Mapa de Tenochtitlán vista do oeste.

Diziam os conquistadores que as ruas principais da cidade asteca Tenochtitlán eram muito largas e retas. Havia muitas praças e mercados com todos os gêneros de mercadorias, desde jóias de ouro até verduras, pães, galinhas e outros animais. Havia casas como de boticários e espécies de barbearias, além de grandes e imponentes templos.

Pelo porte da cidade de Tenochtitlán, podemos dizer que a sociedade asteca tinha caráter expansionista e exercia forte influência sobre os povos vizinhos.

O milho era o alimento básico da população. Do cacau, os astecas extraíam uma bebida nobre chamada xocoatl, precursor do nosso chocolate, além disso, as sementes de cacau eram utilizadas como referência de valor, já que não existia moeda e o ouro era abundante.

Um guerreiro-jaguar. O jaguar desempenhava um papel cultural na mitologia asteca.

A sociedade asteca era dirigida por militares, pois a guerra desempenhava um papel fundamental. Nobres militares e sacerdotes faziam parte da camada mais alta da sociedade, abaixo estavam os comerciantes, em seguida vinham os artesãos e camponeses, a camada mais baixa era formada pelos escravos.

Os astecas também eram politeístas, e doutrina asteca exigia sacrifícios humanos, segundo os sacerdotes a terra deveria ser regada com sangue humano para produzir.

A Pedra do Sol: os astecas desenvolveram um calendário solar com 18 meses de 20 dias.

Os astecas desenvolveram um conhecimento astronômico semelhante aos mais, criaram seu próprio calendário e sistema de escrita, com qual produziam poemas líricos e religiosos, além de encenações teatrais, que eram acompanhadas por instrumentos de sopro e percussão.

A destruição da sociedade asteca teve início com a chegada dos espanhóis sob comando de Hernán Cortez em 1519. A princípio os astecas pensaram que os espanhóis eram deuses, justamente porque dispunham de cavalos, armas de fogo e outros utensílios desconhecidos dos nativos. Estes fatores somados aos mitos ajudaram os espanhóis driblarem a inferioridade numérica em relação aos astecas.

Os astecas eram praticantes de sacrifícios humanos e também da antropofagia, ou seja, eles acreditavam que, por exemplo, ao comer o coração de um guerreiro valente, era possível adquirir as mesmas qualidades daquele determinado guerreiro.

Choques culturais fizeram com que os astecas percebessem qual era a real intenção dos espanhóis, especialmente diante dos metais preciosos, que para os nativos eram simples objetos de adorno, mas para os conquistadores eram a razão de viver. Em segundo lugar estava o desrespeito dos colonizadores para com a religião e os deuses astecas, quais eram classificados por Cortez como “sedentos de sangue” e “demônios” pelo fato de serem adeptos aos sacrifícios humanos.

Imperador Montezuma (1466-1520).

Algum tempo depois da chegada dos espanhóis, os astecas foram atingidos por uma grande epidemia de varíola, trazida da Espanha, era uma doença qual os nativos não tinham defesas. Contudo, os conquistadores resolveram assassinar o imperador asteca Montezuma, e se retiraram de Tenochtitlán logo em seguida, às margens da cidade Hernán Cortez mandou envenenar as fontes de abastecimento, então sem água e alimento, boa parte da sociedade asteca fora dizimada.

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OS MAIAS

Pirâmide do Adivinho, com quase 40 metros de altura, localizada na cidade de Uxmal no México.

Há mais de 700 anos a.C. na península de Iucatã (atual México) começou a se formar a sociedade maia, politicamente organizada em cidades-Estado, cada qual governada por um rei, considerado uma personificação divina.

A economia maia era essencialmente agrícola, e o milho era o item básico da alimentação desse povo.

Existiam três camadas sociais, nas quais os indivíduos estavam ligados desde o nascimento até a morte. A mais alta classe social era constituída pela família real e pelos comerciantes, em seguida estavam os funcionários do governo e os trabalhadores especializados, na camada mais baixa vinham os agricultores.

Grifos maias em estuque.

Os maias desenvolveram diversos conhecimentos na área de exatas, criaram o sistema numérico vigesimal. Desenvolveram também um sistema de escrita até hoje indecifrável e no campo da astronomia chegaram a estabelecer cálculos extremamente precisos sobre a trajetória dos astros.

Mural maia com afrescos.

Entre as manifestações artísticas, os trabalhos em cerâmica, os afrescos e as esculturas em baixo-relevo, merecem destaque. No campo da arquitetura as construções imponentes e as pirâmides foram erguidas para homenagear os vários deuses da religião politeísta maia, ou seja, eles acreditavam em vários deuses.

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POVOS PRÉ-COLOMBIANOS



Pré-colombianos são todos aqueles que viveram na América Latina antes da chegada de Cristóvão Colombo na ilha do Caribe no ano de 1492.

Até então os europeus desconheciam que do outro lado do Oceano Atlântico se desenvolveram sociedades complexas como os maias (sessão de vídeos), astecas (sessão de vídeos) e incas (sessão de vídeos).

Estima-se que nesta época o continente americano era povoado por mais de 40 milhões de pessoas, diferenciadas por seus hábitos e costumes. Além disso, estudos apontam que eram faladas mais de 2 mil línguas diferentes nessa região.

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quinta-feira, 1 de abril de 2010

APRESENTAÇÃO

Neste mês de Abril o Portal Comunista vem com a proposta de trabalhar temas que dizem respeito à América Latina. Mesclando fatos históricos com atualidades, convidamos a todos para uma discussão interessante, construtiva e cheia de interatividade sobre a história da América Latina, ou seja, a NOSSA história.

Sem deixar de lado a visão crítica da informação, vamos buscar contar uma história diferente sobre a conquista da América Latina, podemos dizer até “a verdadeira história da América Latina”, narrada do ponto de vista daqueles que sofreram a reais conseqüências do imperialismo europeu: os povos nativos, tão privilegiados com as riquezas naturais, quanto em sabedoria e conhecimento científico.
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Ainda em relação aos povos nativos, ou ameríndios, tentaremos responder a seguinte pergunta: por quê estes povos tão admiráveis, até mesmo diante dos conquistadores europeus, foram violentamente dizimados?
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Já no segmento de atualidades, tentaremos romper com alguns preconceitos que cercam os latino-americanos, denunciar as injustiças sociais e, sobretudo afirmar nossa identidade cultural, mostrando o que o Brasil e os nossos companheiros latinos têm de melhor.

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